GT Saúde Caixa: diretriz da gestão Pedro Guimarães é reduzir custos da empresa, aumentando para os empregados

Na
reunião do Grupo de Trabalho Saúde Caixa desta terça-feira (29), a
Caixa apresentou as primeiras simulações do custeio do Saúde Caixa
em 2022, aplicando as restrições da Resolução 23 da Comissão
Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de
Participações Societárias da União (CGPAR 23). De acordo com a
representação dos empregados, as propostas são muito parecidas com
as apresentadas em 2020 e que já foram rejeitadas em mesa de
negociação.

Na avaliação de Leonardo Quadros, membro
do GT e presidente da Apcef/SP, as simulações apresentadas
inviabilizam a permanência de muitos empregados no Saúde Caixa. “As
projeções de custeio que a representação da Caixa trouxe,
aplicando a resolução 23 da CGPAR, comprovam aquilo que já falamos
– com a aplicação da resolução, muitos colegas não terão
condições financeiras de permanecer no plano”, ressaltou. “As
projeções apresentadas trazem valores de custeio similares àqueles
das propostas recusadas pelos empregados na campanha salarial de
2020”. (relembre aqui as propostas de 2020, que foram recusadas)
https://bit.ly/3x5xgu7

A coordenadora da Comissão
Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e integrante do GT, Fabiana
Uehara Prosholdt, reivindicou que a Caixa realize projeções que não
considerem a aplicação da Resolução 23 da CGPAR, já que o ACT
vigente não prevê a aplicação de tal restrição. Os
representantes da direção do banco afirmaram que aplicar a
resolução, que limita transfere custos para os empregados, é
diretriz da gestão Pedro Guimarães. “A gestão Pedro Guimarães
pode ter como diretriz reduzir custos, mas a diretriz da
representação dos dos empregados é manter o plano financeiramente
viável à todos os nossos colegas. A aplicação da resolução não
está prevista no Acordo Coletivo, e precisamos que nossos colegas se
engajem na defesa do nosso plano”, disse Fabiana. A coordenadora
também ressaltou que os parâmetros de solidariedade, pacto
intergeracional e mensalidade por grupo familiar são
inegociáveis.

“Entendemos que a alta cúpula da Caixa
já tem uma receita pronta para apresentar para os empregados, com
todas as restrições que são favoráveis para o banco e muito
graves para os usuários. Nós vamos rejeitar qualquer proposta que
altere o formato de custeio, como a contribuição paritária”,
reforça Marilde Zarpellon.

Cobrada pelos representantes
dos trabalhadores no GT, a Caixa informou que vai disponibilizar a
base de dados sobre as mensalidades pagas por cada usuário nos
últimos três exercícios. Essas informações foram solicitadas
pelos representantes dos empregados para analisar os impactos das
simulações na contribuição de cada beneficiário, dentro do
grupamento familiar.

O presidente da Federação Nacional
das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae),
Sergio Takemoto, reforça a opinião dos representantes dos
empregados. “Está chegando a hora de apresentar as propostas e a
imposição da CGPAR 23 não pode ser aceita. O Saúde Caixa é um
dos mais importantes direitos dos empregados e deve ser viável para
todos, sem qualquer exceção”.

A próxima reunião do
GT está marcada para quinta-feira, 1 de julho.

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